A cafeína presente no café, nos refrigerantes de cola, chás, chocolates e algumas medicações pode fazer mal para as mulheres que pretendem engravidar.
Durante a gestação o consumo excessivo de cafeína aumenta as chances do bebê nascer prematuro e com peso abaixo do ideal e a mãe corre maior risco de aborto.
“Capaz de acelerar o metabolismo da mãe e do bebê, a cafeína afeta o desenvolvimento do feto. A substância estimulante faz com que os vasos sanguíneos do corpo se contraiam, estreitando também os vasos que alimentam a placenta, o que pode prejudicar a circulação útero-fetal. É essa redução de suprimento de oxigênio, que pode causar aborto ou parto prematuro”, explica o obstetra e especialista em reprodução humana Doutor Rodrigo da Rosa Filho.
Ainda segundo o médico, o consumo acima de cinco copos de café por dia pode retardar em 50% o tempo para engravidar. De dois a três copos diários aumenta a chance de aborto espontâneo. Por outro lado, uma (1) xícara de café por dia não apresenta riscos antes ou durante a gravidez. Ou seja, a palavra de ordem é moderação, afinal já sabemos que tudo que consumimos em excesso faz mal.
“Os antioxidantes da cafeína ajudam a proteger as células, estimula o cérebro, mas em excesso é prejudicial à saúde da mãe e do bebê”, conclui o especialista.
Sobre Rodrigo da Rosa Filho
O médico Rodrigo da Rosa Filho é especialista em reprodução humana. Graduado em medicina pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), Rodrigo é sócio fundador da Clínica de Reprodução Humana Mater Prime. É membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP), e co-autor/colaborador do livro “Atlas de Reprodução Humana” da SBRH e autor do livro ” Ginecologia e Obstetrícia- Casos clínicos” (2013).